A Semana Extensionista da Química deixou saudades! O evento, fruto de uma iniciativa do Museu da Química junto à coordenação do curso, foi marcado por palestras e oficinas sobre ciência para um público, em geral, de futuros químicos, alunos de escolas visitantes e professores. A programação especial se desenrolou entre os dias 13 e 15 de maio, no Instituto de Química da UFRRJ.
Os professores Roberto Barbosa de Castilho (IQ/UFRRJ) e Eric Triles (docente da rede básica) inauguraram o evento com a palestra “Aprendendo a aprender com diversão: a extensão como estratégia de divulgação e popularização da ciência”. Com jogos, modelos atômicos construídos manualmente ou impressos em impressora 3D e experimentos científicos, os convidados enfatizaram a importância de atividades lúdicas para o ensino da química – inclusive, para a inclusão de alunos com deficiência.
A palestra ainda contou com doce e música: os professores produziram um sorvete ao vivo – da mistura dos ingredientes ao processo de congelamento com ajuda de hidrogênio líquido -, cantaram e tocaram instrumentos. E há quem diga que ciência é chato, será?
Mais tarde, a professora aposentada Aparecida Cayoco apresentou o famoso “Show da Química”, que reúne diversas aplicações práticas da disciplina criadas pela docente com o uso de materiais comuns ao cotidiano. A construção de modelos atômicos e as experiências com balões e fogo fizeram com que os estudantes colocassem a mão na massa.
A última palestra do dia ficou por conta da professora Heloisa de Mello, docente da Universidade Federal de Sergipe. Ela dissertou sobre os corantes vegetais e suas aplicações artísticas na fotografia por meio da chamada antotipia. Com slides, a professora apresentou o passo a passo da técnica e expôs resultados de produções de sua autoria.
Na quarta-feira (14), o coordenador técnico dos programas de pesquisa em educação, popularização e divulgação científica do CNPq, Guilhermo Silveira Vilas Boas, ministrou a palestra “Fomento à ciência e à divulgação científica: o que faz o CNPq”. O debate provocou alunos e professores sobre a importância de propagar o conhecimento produzido na universidade para além da comunidade acadêmica.
O convidado lembrou que tornar a instituição mais acessível e integrada à sociedade é um ato político. “Esse é um trabalho contínuo, que envolve agentes relacionados à comunidade científica, sobretudo gestores, e representantes da sociedade”, continuou.
Seguindo a programação, o professor Ivo Abraão Araújo da Silva (ICBS/UFRRJ) mostrou a complementaridade entre a química e a biologia sob uma perspectiva histórica. O docente abordou temas como a teoria da evolução metabólica, ecologia molecular e inteligência artificial.
Já no último dia de evento, o professor Thalles Yvison e a estudante de pedagogia Ana Beatriz Duarte da Cruz, ambos parte da equipe do Centro de Memória da universidade, ministraram a palestra “Espaços museais como promotores de popularização de ciências”. O debate incluiu a história dos museus, dicas sobre mediação de visitas e relatos de experiências vividas no Centro de Memória.
A última palestra da Semana celebrou os projetos de extensão da universidade – e não podia ser diferente! A professora Márcia Cristina Campos de Oliveira (IQ/UFRRJ), coordenadora do chamado “Cienciando”, falou sobre a ação e a importância de integrar universidade e comunidade.














Visitas e oficinas
Nas manhãs dos dias 14 e 15 de maio, o Instituto recebeu escolas da rede básica de ensino com diversos jogos e experiências científicas. As oficinas, apresentadas por discentes do curso e membros de projetos de extensão, uniram teoria e prática para descomplicar assuntos sobre química. Experimentos científicos com DNA, congelamento de sorvete em tempo real – com direito a degustação ao final – e jogos sobre a tabela periódica foram só algumas das atividades apresentadas.









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Texto: Camille Faria – estudante do curso de Jornalismo
Fotos: Equipe do Museu da Química
Orientação: profa. Alessandra de Carvalho – Depto de Letras e Comunicação