Os 12 princípios da Química Verde

Foto: Freepik

Se discutir sobre a preservação do meio ambiente é importante durante todo o ano, hoje, dia 5 de junho, o tema ganha ainda mais relevância. A data é dedicada ao Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1972. Para celebrar, vamos falar sobre a Química Verde. Afinal, você já ouviu falar sobre esse conceito?

O termo diz respeito a uma nova tendência na indústria química que objetiva minimizar os impactos da atividade ao meio ambiente. Para tanto, nos anos 90, pesquisadores elaboraram 12 princípios a serem seguidos pelas empresas e instituições de ensino da área. Conheça cada um deles:

1. Prevenção: evitar a produção do resíduo químico é melhor do que tentar tratá-lo posteriormente;

2. Economia de átomos: novas metodologias devem ser desenvolvidas para incorporar o maior número possível dos materiais usados durante o processo no produto final;

3. Síntese de produtos menos perigosos: sempre que possível, a síntese de um produto químico deve usar e gerar substâncias que possuam pouca ou nenhuma toxicidade à saúde humana e ao meio ambiente;

4. Desenho de produtos seguros: os produtos químicos devem ser desenhados para serem inócuos – ou seja, não tóxicos;

5. Solventes e auxiliares mais seguros: o uso de substâncias auxiliares, como solventes ou secantes, deve ser evitado e, quando necessário, esses produtos não devem ser nocivos;

6. Busca pela eficiência energética: a utilização de energia durante os processos químicos deve ser minimizada. Sempre que possível, a produção precisa ser conduzida à temperatura e pressão ambientes;

7. Uso de fontes renováveis de matéria-prima: é importante dar preferência à utilização de matérias-primas renováveis em detrimento das fontes não-renováveis;

8. Evitar a formação de derivados: a derivatização – ou seja, transformar uma substância em outra de estrutura semelhante por meio de uma reação química – deve ser minimizada ou evitada, porque essa etapa requer agentes adicionais que podem gerar resíduos;

9. Catálise: o uso de catalisadores – substâncias que aceleram a velocidade de uma reação – deve ser escolhido em substituição aos reagentes estequiométricos;

10. Desenho para a degradação: os produtos químicos precisam ser desenhados de forma que, ao final de sua função, sejam degradados de forma saudável e não persistam no ambiente;

11. Análise em tempo real para a prevenção da poluição: será necessário o desenvolvimento de metodologias para o monitoramento do processo químico em tempo real, para que substâncias tóxicas sequer sejam formadas; e

12. Química intrinsecamente segura para a prevenção de acidentes: as substâncias devem ser escolhidas a fim de minimizar o potencial de acidentes químicos – como vazamentos, explosões e incêndios.

Os princípios da Química Verde podem ser observados na prática com o desenvolvimento de produtos como o etanol produzido por meio da cana de açúcar, ou o plástico biodegradável gerado do amido de milho, por exemplo. Iniciativas como essas promovem um futuro mais sustentável com o uso da química como aliada ao meio ambiente.

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As informações foram retiradas dos artigos “Os 12 princípios da Química Verde” (blog WWVerde/Universidade Federal de Pelotas), e “‘Green chemistry: os 12 princípios da Química Verde e sua inserção nas atividades de ensino e pesquisa”, escrito por E. Lenardão e outros; e de matérias publicadas nos sites da ONU Brasil, em 13 de maio de 2024; e Manual da Química (sem data).

Pesquisa: Juliana Boaventura e Thaina Bueno – estudantes do curso de Química

Texto e arte: Camille Faria – estudante do curso de Jornalismo

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